Medlog patrocina conferência sobre «Políticas de Droga e Saúde»

Foi o primeiro debate, em Portugal, sobre a política em matérias de drogas que envolve a sociedade civil, as instituições nacionais e internacionais e os decisores políticos. A Conferência «Políticas de Droga e Saúde» decorreu no dia 1 de abril, na Assembleia da República e contou com o patrocínio do Grupo Cooprofar-Medlog no papel de signatário do Código de Conduta Empresas e VIH.

Promovido pelo GAT (Grupo Português de Activistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA), em conjunto com a APDES (Agência Piaget para o Desenvolvimento) e a associação CASO (Consumidores Associados Sobrevivem Organizados), tratou-se de um evento pioneiro em Portugal pelo envolvimento gerado em torno de vários atores.

«Políticas de Droga e Saúde» visou promover o debate e a reflexão sobre as respostas mais eficazes ao problema do uso de drogas e de saúde que estão associados, por forma a garantir o acesso universal, o conhecimento, a prevenção, o tratamento da dependência e de epidemias associados, com base no conhecimentos e no reconhecimento dos direitos das pessoas.

A Conferência teve ainda como objetivo contribuir para um consenso político, técnico e social sobre os meios mais eficazes e o caminho a seguir no que diz respeito à promoção de políticas de saúde para esta área.

O certame foi presidido por Jorge Sampaio, Comissário da Global Comission on Drug Policy, a quem se juntaram Icro Maremmani, Presidente do European Opiate Addiction Treatment Association (EUROPAD), Dagmar Hedrich, Responsável pelo sector das Respostas Sociais e de Saúde do European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction (EMCDDA), António Vaz Carneiro, Director do Centro de Estudos de Medicina Baseada na Ciência (CEMBE), Raminta Stuikyte, Presidente doEuropean Civil Society Forum on Drugs, entre outros especialistas de renome nacional e internacional, representantes do Ministério da Saúde e dos grupos parlamentares, associações e entidades de referência na área.

“Entendemos que a situação nacional atual, ainda de crise, pode potenciar um aumento do consumo problemático de drogas com impacto negativo sobre a saúde pública e individual. Há alguns sinais (aumento de recaídas, pequeno aumento de casos de tuberculose, consumos inseguros) que indicam existirem condições objetivas para surtos do VIH, hepatites víricas e tuberculose entre pessoas que usam drogas, pelo que julgamos prioritário contribuir para um consenso informado para a ação”, salientou o GAT.

02-04-2014